Projeto e Emenda Supressiva receberam pareceres favoráveis pelas comissões temáticas. Matérias acatadas seguem em tramitação na Casa Legislativa.
Parlamentares das Comissões de Educação, Saúde e Bem-Estar Social e Defesa do Cidadão e Segurança Pública estiveram reunidos, na tarde desta quarta-feira (16), no Plenário da Câmara Municipal de Colombo. A reunião foi presidida pelo vereador Pastor Carlinhos (PP). Também participaram do encontro a secretária de Educação, Luciane Dala Valle, e o professor Dione Carvalho Martins.
Em pauta, esteve a discussão do PL do Legislativo 987/2021, proposto pelo vereador Pastor Carlinhos (PP). A matéria institui o programa “Educação Financeira na Escola”, nas escolas da rede municipal de ensino do município de Colombo.
Para o autor da proposição, o projeto tem grande importância e merece destaque por ser um tema sempre atual e presente no cotidiano. “De todos os projetos que eu apresentei, esse é o meu preferido. Esse tema é bem importante, pois vai impactar a vida e o futuro das nossas crianças e de suas famílias. É um assunto que faz parte do nosso dia-a-dia. Se nas escolas as crianças tiverem noções de economia, de planejamento, empreendedorismo, economia, isso ajudará e muito lá na frente. Atualmente, já temos uma juventude mais empreendedora, com mais visão de investimentos. Para isso, é necessário instrução e orientação”.
A secretária da pasta, Luciane Dala Valle, fez as suas considerações a respeito do tema. “A educação financeira faz parte da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que é um documento norteador que trabalhamos. Dentro do município já executamos essa tarefa. Vejo que é de suma importância falar sobre educação financeira com nossas crianças”.
Luciana apresentou uma explicação sobre o assunto. “A educação financeira prepara a criança. Ela terá uma noção de como lidar com o dinheiro, um conhecimento sobre as formas de pagamento, noções de soma e divisão. Dentro do empreendedorismo, a criança vai saber como montar um projeto. Vemos a necessidade das escolas prepararem a criança para o futuro. Instigar o gosto pelo poupar, pela prevenção, para evitar o consumismo. Toda essa discussão somente é possível quando há uma educação financeira. Importante lembrar que a criança não tem a responsabilidade dentro da família, mas ela pode sim ensinar e orientar”.
O professor Dione também realizou alguns comentários e orientações. “Quando se fala em educação financeira se fala de um valor que a gente carrega como dignidade. O financeiro está diretamente ligado a isso. No Brasil, temos mais de 70 milhões de pessoas que estão endividadas. Isso acontece, as vezes, por elas não saberem lidar com algumas situações ou por não terem uma consciência de longo prazo. É importante criarmos um ambiente de transformação dentro da sociedade. A escola é a porta e a janela de entrada para inserir uma consciência dentro de cada criança e família. Sabemos que vivemos em uma sociedade consumista e que o sistema impõe isso”, afirmou o professor.
Segundo a secretária da pasta, “para colocar a educação financeira como grade curricular é necessária fazer uma documentação com uma justificativa para que o Estado aprove. O município não tem um sistema próprio. Estamos ligados a secretaria do Estado. Entendendo da importância do assunto, a secretaria Estadual de Educação fornece materiais que tratam sobre o tema. Para 2025, nós já estamos montando uma licitação para termos subsídios para o professor poder trabalhar. O professor também precisa de educação financeira para poder ensinar”.
O Relator da proposição, vereador Professor Roger (Podemos), mencionou que a partir do primeiro ano do Ensino Médio já há uma disciplina relacionada a Educação Financeira. Está dentro da matriz curricular. Existe uma proposta no Estado para que essa disciplina seja inserida a partir do oitavo ano do Ensino Fundamental. Quanto mais trabalharmos isso dentro da sala de aula, formaremos uma nova geração de pessoas que não estarão mais endividadas a médio e longo prazos. Queremos uma geração com um novo pensamento em relação a geração de renda, cuidado com as finanças, porque a gente sabe que isso faz parte do cotidiano das pessoas e influência na qualidade de vida de cada um(a)”.
Parecer aprovado – O voto acatado durante a reunião das comissões foi favorável à aprovação do parecer para o PL do Legislativo 987/2021, com a inclusão de emenda supressiva, que esteve sob a relatoria do vereador Professor Roger (Podemos). Agora, a matéria está apta para ser votada pelo Plenário da Câmara Municipal de Colombo.